Homens teriam rendido os funcionários e ateado fogo nos veículos.
Em três dias são pelo menos seis ônibus alvos de ataques no TO
A onda de ataques a ônibus no Tocantins teve um novo episódio na noite desta segunda-feira (2). Dois veículos foram incendiados na garagem da Viação Lontra, responsável pelo transporte coletivo em Araguaína, no norte do estado. Segundo informações da PM, homens invadiram o local, renderam funcionários e atearam fogo nos ônibus. Em frente ao estádio Mirandão, um ônibus de transporte escolar que estava estacionado também foi queimado. Em três dias, pelo menos seis veículos foram alvos de ataques que começaram em Palmas no fim de semana.
A Polícia Militar ainda não confirma a quantidade de homens que invadiram a garagem da empresa e como ocorreu a ação de forma oficial, contudo, funcionários da empresa de transporte que estavam na garagem afirmaram que cerca de 15 homens armados e encapuzados invadiram o local e queimaram os ônibus. A informação inicial do Corpo de Bombeiros é que ninguém ficou ferido.
Conforme a PM, estão sendo realizados diligências para tentar capturar os possíveis suspeitos dos incêndios pela ruas de Araguaína.
Linha suspensa
A empresa Tocantinense, que faz a rota Palmas-Paraíso do Tocantins, informou na noite desta segunda-feira que em virtude dos ataques aos ônibus no estado, interrompeu a linha. Não há previsão de retorno das viagens.
Entenda o caso
Na última sexta-feira (27), por volta da meia-noite, perto da praia das Arnos, região norte de Palmas, quatro homens armados invadiram um ônibus, pediram que o motorista e os passageiros saíssem e atearam fogo no veículo que ficou totalmente destruído.
No dia seguinte, outros dois ônibus foram alvos de ataques, desta vez na região sul da capital. No setor Jardim Aureny IV, por volta das 23h30, um dos veículos foi alvejado a tiros, mas não parou, seguindo o trajeto. Mais tarde, na TO-050, novamente quatro homens invadiram o coletivo em uma parada, mandaram os ocupantes sair e colocaram fogo.
De acordo com a SSP, uma das possibilidades é que os ataques tenham sido ordenados por facções criminosas, descontentes com o cancelamento das visitas nos presídios devido a greve da Polícia Civil.
(Do G1, TO)