O vice-presidente da República, Michel Temer, disse que o fato de as manifestações deste domingo (12) terem reunido menor número de pessoas do que em março não significa que elas têm menor importância. As declarações foram confirmadas pelo G1 com a assessoria de imprensa do vice-presidente.
Michel Temer esteve hoje em Porto Alegre (RS) no velório do jurista e político gaúcho Paulo Brossard, que aconteceu no Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul. O ex-ministro morreu pela manhã, aos 90 anos, em sua residência em Porto Alegre.
Segundo Temer, o governo tem que estar atento às reivindicações e trabalhar para atendê-las. As pesquisas de opinião indicam que o governo precisa trabalhar, acrescentou o vice-presidente. Ele lembrou que o governo já está tomando ações na economia e também no combate à corrupção e informou que é preciso aprofundar esse trabalho.
Articulação política
Na última sexta-feira (10), a presidente Dilma Rousseff oficializou a ida do vice-presidente Michel Temer para a articulação política do governo. Em despacho publicado no “Diário Oficial da União”, a presidente Dilma avaliou que a experiência do vice é “indispensável” para os “avanços exigidos em favor do nosso país”.
O governo anunciou que Temer acumularia a vice-presidência com a articulação política na terça-feira (7), após a saída do então ministro da Secretaria das Relações Institucionais, Pepe Vargas. A escolha de Temer, que é do PMDB, mesmo partido dos presidentes da Câmara e do Senado, é uma tentativa de melhorar as relações entre o Palácio do Planalto e o Congresso.
Manifestações
Manifestantes fazem protestos contra o governo de Dilma Rousseff e contra a corrupção em 24 estados e no Distrito Federal neste domingo.
Houve concentrações e atos no seguintes estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Tocantins.
O número de manifestantes nesta manhã – 585 mil segundo a polícia, 582 mil segundo os organizadores – foi menor do que nos atos de 15 de março. Também foram registrados atos em outros países, como na Alemanha, Irlanda e em Portugal.
(Do G1, em Brasília)