E a meta foi justamente essa, criar espécies de departamentos como Financeiro, Marketing, Contabilidade, Recursos Humanos e Logística entre o grupo de alunos. “O dever deles foi administrar a implantação da campanha em todas as áreas”, cita o professor responsável pela disciplina, Rogério dos Reis Brito.
Dos próprios bolsos, os alunos levantaram os recursos necessários para fabricar os dois tubos coletores, adesivos de identificação, banners de indicação dos locais de coleta, além do restante de material para o lançamento da campanha “Mais Papa Pilhas, Menos Contaminação”, apresentada no mês de maio, na área de convivência da faculdade.
Referência
Mas a meta da campanha é um pouco mais ambiciosa. “Inicialmente, fomos de sala em sala, em todos os cursos da faculdade, para informar sobre a campanha”, conta a também aluna do 2º período de Administração, Fernanda Abreu da Costa. Além de convocar as pessoas para o descarte correto de pilhas e baterias, a campanha também tem o viés informativo ao mostrar os danos ambientais causados pelos produtos tóxicos, contidos nos materiais, quando descartados de qualquer forma na natureza.
O primeiro passo é contar com a adesão dos acadêmicos, professores e colaboradores da FACIT na coleta das pilhas e baterias. “Depois, vamos focar na comunidade que busca atendimento na clínica da instituição, familiares das pessoas ligadas à faculdade e até a população em geral. Queremos tornar a FACIT um ponto de referência em Araguaína para o recolhimento do material”, revela Mychelly.
Com uma quantidade significativa de pilhas e baterias, a turma poderá solicitar os serviços de uma empresa, com sede em São Paulo, que faz a reciclagem deste tipo de material. “Os alunos planejaram, colocaram em prática as teorias, trabalharam em equipe e tiraram o projeto de dentro da sala. Estamos muito satisfeitos com o desempenho deles”, comenta o professor Rogério.
Números
Os milhares de equipamentos eletrônicos presentes no mercado geram um alto consumo de pilhas e baterias, que têm uma vida útil limitada e por isso são descartadas em grande escala. São cerca de 50 milhões de toneladas de resíduos tecnológicos por ano em todo o planeta.
De acordo a Abinee – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, 1,2 bilhão de pilhas e baterias de celular são comercializadas no Brasil todos os anos, mas somente 2% da população destina os materiais para reciclagem, segundo uma pesquisa feita pela Nokia. A decomposição de pilhas e baterias leva entre 100 a 500 anos e os resíduos químicos que compõem os materiais podem contaminar o solo, lençóis freáticos, rios e mares.