Atualmente o Brasil é o único país do mundo a conviver com sete epidemias: quatro tipos de Dengue, Zika, Chicungunya e a gripe H1N1. E uma das razões para que essas doenças se alastrem por todos os cantos do país são os maus hábitos de higiene da população. A informação apresentada fez parte da palestra com o biomédico Roberto Martins Figueiredo, mais conhecido como Dr. Bactéria, realizada no último dia 29 de abril, no auditório da FACDO, durante o Pré-Simpósio de Administração e Tecnologia da Faculdade de Ciências do Tocantins – FACIT.
Com os temas “Hábitos errados e a importância da tomada de atitude” e “Bactérias boas e ruins: como lidar com elas”, Dr. Bactéria mostrou que, na maior parte das vezes, as pessoas se colocam em risco por causa de costumes como guardar ovos na porta da geladeira, lavar carnes, achar que uma pequena formiga sobre um doce não fará mal nenhum à saúde. “Todas essas condutas têm relação com as várias epidemias que presenciamos hoje”, lembrou o palestrante.
Bactérias: amigas ou inimigas?
Segundo o biomédico, mais de 90% do nosso corpo está tomado por bactérias. Mas estes microrganismos são fundamentais para o bom funcionamento do nosso corpo porque estão nos lugares certos desempenhando as funções certas. “Por exemplo: numa gosta de saliva de uma boca normal, sem nenhuma doença, há cerca de dois bilhões de bactérias”, informou o doutor. Mas é preciso tomar cuidado com o excesso de exposição. “Vocês não fazem ideia da quantidade de doenças que podem ser transmitidas com um beijo”, disse o palestrante, em tom de brincadeira, mas chamando atenção para a seriedade da situação.
Muita gente não sabia
Ações triviais do dia a dia podem se tornar fontes de transmissão de doenças. “Arrumar a cama é uma delas. O ideal é fazer isso pelo menos uma hora depois de acordarmos. O corpo transpira muito à noite e a umidade fica presa nos lençóis e travesseiros. Se você cobre a cama uma colcha, por exemplo, cria um ambiente ideal para a proliferação de ácaros, que vão gerar alergias, renites, entre outros problemas”, alertou Dr. Bactéria. E tem mais: assoprar bolo de aniversário, prender sacos de comida com prendedor de roupas e usar o vinagre aberto fora da geladeira são alguns outros exemplos de costumes que podem trazer malefícios para as pessoas.
Dicas importantes
Dr. Bactéria também usou da palestra par reforçar as orientações de prevenção das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti e também da gripe H1N1. “Tudo depende de dar a devida atenção ao problema e se esforçar para mudar de hábito”, aconselhou o palestrante.
A empresária Daiane Freitas confessou que ficou um pouco assustada com alguns costumes errados que tinha. “Eu não fazia ideia do quanto podem ser prejudiciais. Mas vou mudar a partir de agora. Pude aprender que precisamos mudar nossos costumes dentro de casa e no dia a dia para melhorar nossa vida e a das pessoas em volta. E o carinho transmitido pelo palestrante foi um grande diferencial”.
Sucesso
Os alunos do 8º período de Administração da FACIT, responsáveis pela organização do Pré-Simpósio, comemoraram a adesão do público. “Organizar um evento deste tamanho e com um profissional tão especial quanto o Dr. Bactéria foi bastante difícil, mas fizemos o planejamento, seguimos todos os passos. Então a gente fica muito feliz com o sucesso que foi e acreditamos que todos que participaram aprenderam muito e o nosso foco era justamente levar o aprendizado para o público”, disse a aluna Daiane Ribeiro dos Santos.
(Foto: João Neto)