Entre os dias 23 e 27 de janeiro, o Hospital Dom Orione, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NVEH), realizou uma campanha de conscientização sobre os cuidados com a hanseníase. A ação faz parte da Campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, comemorado no próximo dia 29.
A campanha no hospital contou com diversas atividades educativas com os colaboradores, puérperas e acompanhantes de pacientes. A enfermeira do NVEH, Eloiza Helena Abrão, explica que todos os anos a unidade realiza essa ação. “Por ser uma doença que pode ser transmitida pelo ar, é preciso estar sempre atento aos sinais, que podem ser manchas dormentes pelo corpo”, alertou.
Para o diretor presidente do Hospital Dom Orione, Padre Jarbas Assunção Serpa, ações como essa são fundamentais para a promoção da saúde. “Temos sempre a preocupação de orientar os pacientes, acompanhantes e colaboradores, sobre os cuidados com o corpo e com as doenças mais comuns da nossa região”, explicou.
A doença
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a hanseníase pode provocar graves incapacidades físicas se o diagnóstico demorar ou se o tratamento for inadequado. Os primeiros sinais são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, que ficam dormentes e sem sensibilidade ao calor, frio ou toque. Podem aparecer placas, caroços e/ou inchaços. Quando afeta os nervos, pode causar formigamento, sensação de choque, dormência e queimaduras nas mãos e pés por falta de sensibilidade, além de falta de força e problemas nos olhos.
Conforme dados da Vigilância Epidemiológica de Araguaína, os casos novos de hanseníase estão diminuindo na cidade. Em 2016 foram registrados 84 novos casos, em 2015 foram 111; e em 2014 foram 159.
O tratamento é gratuito e inclui um coquetel de antibióticos, podendo durar até um ano.
(Rodrigo Martins)