Empresa japonesa oferece seis dias a mais de férias para não-fumantes

Empresa japonesa oferece seis dias a mais de férias para não-fumantes

A medida é para compensar o tempo que eles não gastam com a pausa do cigarro

 

TÓQUIO — Funcionários fumantes de uma empresa de marketing japonesa levam em média 15 minutos para cada pausa no trabalho para fumar um cigarro. Diante do somatório desse tempo gasto ao longo do ano, os não-fumantes consideraram injusto que eles tivessem direito ao mesmo período de férias. Após uma reclamação sobre os problemas causados por isso, a companhia Piala Inc. acatou o pedido. Agora, não-fumantes têm seis dias a mais de descanso.

“Espero encorajar funcionários a parar de fumar por meio de incentivos ao invés de penalidades ou coerção”, disse o CEO Takao Asuka à “Kyodo News”.

De acordo com ele, após a implementação do novo esquema, em setembro deste ano, quatro pessoas já largaram o cigarro.

O porta-voz da empresa, Hirotaka Matsushima, afirmou ao jornal “The Telegraph” que Asuka concordou com a sugestão de um funcionário não-fumante da companhia, cuja sede é no 29º andar de um prédio no distrito de Ebisu, em Tóquio.

“Um dos nossos funcionários não-fumantes colocou uma mensagem na caixa de sugestões mais cedo neste ano dizendo que as pausas para cigarro estavam causando problemas”, disse. “Nosso CEO viu o comentário e concordou, então nós estamos dando a não-fumantes um tempo extra para compensar”, acrescentou Matsushima.

Pelo menos 30 dos 120 funcionários já tiraram os dias adicionais sob o novo sistema, incluindo o próprio porta-voz da empresa. Matsushima contou que aproveitou esse tempo para levar a família a um resort por alguns dias.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que 21,7% dos japoneses fumam. Diante disso, as empresas deste país tentam proteger os empregados do fumo passivo, segundo o “The Telegraph”. Entre elas, está a Lawson Inc, uma franquia de lojas de conveniência de 24 horas, que proibiu, neste ano, funcionários fumarem no escritório da sede e nos escritórios regionais.

 

(O Globo/JusBrasil)

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