Os primeiros 30 servidores capacitados receberam os certificados do Curso de Libras nesta quarta-feira 6. O objetivo é ampliar o atendimento para surdos e pessoas com deficiência auditiva
Servidores da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação de Araguaína fizeram parte da primeira turma do Curso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para colaboradores do Município. Os certificados foram entregues na tarde desta quinta-feira 6, em solenidade realizada na sede da secretaria. Em 2018, outras turmas farão a capacitação para ampliar o atendimento inclusivo para surdos e pessoas com deficiência auditiva nos outros 17 órgãos e autarquias públicos municipais.
De acordo com a secretária da Assistência Social, Fernanda Ribeiro, a realização dos cursos foi após perceber que há um grande número de surdos que recebem atendimentos nas secretarias. “Atendemos 1.146 pessoas surdas ou com alguma deficiência auditiva. Agora iremos ampliar e oferecer o curso para outros setores e secretarias”, disse.
Comunicação acessível
Durante a entrega dos 30 certificados, era perceptível a alegria dos servidores, que aplaudiam já usando a Libras. Todos se apresentaram utilizando os sinais e agradeceram a oportunidade.
A assistente social Daiana Cris de Souza Oliveira trabalha na diretoria de Políticas Públicas Setoriais. “Estou muito feliz em receber esse certificado. Vejo a capacitação como uma forma de humanizar o nosso atendimento. Muitos dos nossos usuários são portadores de deficiência, podermos nos comunicar com eles é uma forma de acessibilidade na comunicação”.
A professora intérprete da Central de Interpretação de Libras (CIL), Edla Alencar, destacou que cada vez mais o centro vem buscando atitudes inclusivas para melhoria na qualidade do atendimento.
Mais capacitação
Durante a solenidade, os participantes ainda tiveram a palestra “Triagem Auditiva Neonatal”, com o médico otorrinolaringologista Daniel Braz, destacando os cuidados com a audição na primeira infância.
O médico falou sobre o teste da orelhinha, surdez e uso do fone de ouvido. “Os pais devem ficar atentos e observar se as crianças não estão com o som muito alto e não deixar que passem muito tempo ouvindo os sons”, frisou.
Sobre a surdez, o médico explicou que a pessoa pode nascer surda ou ter a deficiência por vários fatores, como por exemplo algum problema no parto, remédios ou doenças como catapora, rubéola e outras que podem atacar as células do ouvido e a pessoa ter a perda total ou parcial.
(Gláucia Mendes/Fotos: Marcos Filho)