Equipes irão percorrer os setores onde há registro de galinheiros; o mosquito palha se alimenta do sangue das aves e se proliferam depositando larvas nas fezes
A Prefeitura de Araguaína inicia na próxima segunda-feira, 23, uma ação de controle da leishmaniose visceral (Calazar). Equipes da Vigilância Sanitária, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente irão percorrer vários setores onde há registro de criatórios de galinhas, visto que a matéria orgânica das aves são locais propícios para que o mosquito Palha, vetor da doença, deposite suas larvas.
De acordo com o coordenador municipal da Vigilância Sanitária, Cláudio Aguiar, os donos de galinheiros terão um prazo para retirar as galinhas, caso isso não aconteça no tempo determinado, serão multados. “Aves não podem ser criadas na zona urbana, porque elas servem de alimento para o mosquito”, explicou.
Através de denúncias, as equipes catalogaram 242 endereços com presença de galinheiros. Os setores com maior número são: Maracanã, Carajás, Eldorado, Itapuã, Couto Magalhães, São João, Noroeste, Setor Brasil, Barros e JK.
Dados
De acordo com os dados do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) houve aumento de 18% no número de casos confirmados de Leishmaniose Visceral em humanos no Município, no comparativo entre o primeiro trimestre de 2018 com o mesmo período de 2017. Enquanto em 2017 foram 11 casos confirmados, neste ano foram 13 casos. O ano de 2017 finalizou com um total de 42 casos e um óbito.
Animais
Os cães podem ficar infectados por vários anos sem apresentarem sinais clínicos. Estes cães infectados se tornam fontes de infecção para o inseto transmissor “mosquito palha”, e, portanto, um risco à saúde de todos. A única forma de detectar a infecção nestes animais é através dos exames de laboratório específicos.
Em animais, no ano de 2016 foram 2.342 casos confirmados, o que representa 29,6% dos 7.922 exames realizados. No ano passado foram registrados 2.312 casos positivos em cães, número que representa 28,1% dos 8.209 exames realizados. Se comparados os casos confirmados, foi registrada a redução de apenas 1,3% no comparativo do número de casos positivos nos dois anos.
(Gláucia Mendes/Foto: Marcos Filho Sandes)