A liberação, ou não, e o tipo de exercício vão depender do estado geral de saúde do paciente mediante avaliação médica
Os pacientes em tratamento contra o câncer podem ter na atividade física um grande aliado para melhorar significativamente a qualidade de vida. A prática de exercícios pode, inclusive, fazer com que os efeitos colaterais dos medicamentos do tratamento sejam amenizados.
A quimioterapia, por exemplo, pode provocar náuseas, dores no corpo, falta de apetite, perda de peso e fadiga, mas colocando o corpo em movimento, esta modalidade de tratamento pode ser vencida de forma mais tranquila.
Muitos pacientes também apresentam dificuldades em se alimentar, fazendo com que a doença consuma muitos nutrientes do corpo e da musculatura, gerando um estado de desnutrição e perca de massa muscular.
O médico oncologista da Oncoradium Araguaína, Macilon Nonato Irene, explica que o exercício físico consegue frear a degeneração muscular, melhorando o condicionamento cardiovascular, aspectos nutricionais e alcançando, assim, um bem-estar maior e menos efeitos colaterais relacionados ao tratamento.
“A prática regular de alguma atividade física fortalece o sistema imunológico e melhora também o psicológico, somado à sensação de prazer e autoestima”, diz o especialista.
Exemplo a ser seguido
A atividade física já garantiu vários benefícios à saúde de Darice Lopes Ribeiro, que faz tratamento contra o câncer em Araguaína há cerca de um ano. Ela conta que as caminhadas diárias ajudam a suportar o tratamento.
“Faço caminhada e já sinto muito melhor com essa atividade aeróbica. Quando deixo de fazer caminhada, eu me sinto cansada. Caminho em média uma hora e meia todos os dias”, revela.
Tipos de exercícios recomendados
Antes de começar qualquer atividade física, o paciente precisa buscar a orientação médica e um profissional de Educação Física, que juntos poderão indicar a modalidade recomendada, dependendo do quadro clínico da pessoa e o tipo de câncer que está sendo tratado.
“As atividades mais recomendadas são a caminhada, hidroginástica, pilates, entre outras. Não existe fórmula, são individualizadas. Outro alerta importante é que, antes da atividade física ao ar livre, o paciente passe protetor solar”, frisa o médico oncologista.
O acompanhamento de um profissional de Educação Física é fundamental para que o paciente não extrapole nos exercícios. “O limite da intensidade está no limite do corpo”, alerta Dr. Macilon.