Policiais civis em greve entregam armas após medida do governo no TO

Policiais civis em greve entregam armas após medida do governo no TO

Categoria está completando 20 dias de paralisação em todo o estado. Na capital foram entregues cerca de 600 armas, munições e outros objetos

 

Os policiais civis em greve no Tocantins entregaram as armas na manhã desta segunda-feira (16), em todo o estado. Somente na capital os policiais entregaram cerca de 600 armas, munições e demais objetos que são instrumentos de trabalho da categoria. A entrega aconteceu em frente à Secretaria da Segurança Pública (SSP), na praça dos Girassóis, centro da capital.

Os agentes penitenciários também fizeram a entrega das armas e de todos os outros equipamentos que são usados em operações especiais dentro da Casa de Prisão Provisária de Palmas (CPPP).

Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol), todo o efetivo da polícia vai paralisar as atividades por completo e até mesmo para os serviços essenciais. “Efetuar prisão em flagrante não tem como mais, pois a ferramenta essencial da polícia civil estará retida pelo Estado”, afirma o presidente do Sinpol, Moisemar Marinho.

Os policiais tiveram que entregar as armas e outros objetos por conta de uma portaria conjunta entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Secretaria de Estado da Defesa e Proteção Social (Sedeps), assinada na última sexta-fera (13).

Medida
A portaria determina o retorno imediato ao trabalho de todos os agentes públicos que fazem parte da polícia civil em greve. Caso não ocorra o retorno fica determinado que a categoria entregue as armas num prazo máximo de 24 horas. Se as armas não forem devolvidas a consequência natural será a atuação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Ministério Público no caso.

Entenda o caso
Em greve desde o dia 25 de fevereiro, os policiais cobram do governo a equiparação salarial que teria sido concedida ainda em 2007. A medida foi regulamentada em abril de 2014, através da Lei 2.851 e cancelada no dia 11 de fevereiro através de decretos publicados no Diário Oficial do Estado (DOE). Em todo o Tocantins, de acordo com o Sinpol-TO, são aproximadamente 1,6 mil policiais em greve.

O secretário estadual de Administração do Tocantins, Jeferson Barros, anunciou na última terça-feira (10) que os dias não trabalhados dos policiais civis que continuarem em greve serão descontados na folha de pagamento.

A medida do governo foi tomada após uma decisão judicial da desembargadora Maysa Vendramini que considerou a greve ilegal e determinou a volta dos policiais ao trabalho num prazo de seis horas. O sindicato dos policiais foi notificado da decisão, mas mesmo assim a categoria decidiu continuar com a greve e informou que vai recorrer da decisão.

(Do G1, TO)

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