Os policiais civis de todo o Tocantins continuam firme na greve iniciada em 25 de fevereiro. Diferentemente do que a Secretaria de Segurança Pública informou à imprensa nesta quinta-feira, 26 de março, a mobilização no movimento paredista é total.
“A nossa greve segue firme e forte. Não houve qualquer deliberação contrária e na última assembleia geral a decisão de manter a greve enquanto não houver uma proposta concreta do Estado foi geral”, explicou o presidente do Sinpol-TO (Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins), Moisemar Marinho.
Com a continuidade da greve, os serviços dentro das penitenciárias, nas delegacias, institutos de identificação, investigações e outros continuam sem serem realizados. “Para conferir que a greve continua firme e forte basta ir aos locais onde a Polícia Civil trabalha. Não são mentiras que vão acabar com a greve”, destacou o presidente Moisemar Marinho.
Nesta quinta-feira, os policiais civis enviaram ao comando de greve fotos das mobilizações de várias cidades do Estado.
Greve
Os policiais entraram em greve no dia 25 de fevereiro após aguardar, e não receber, uma proposta sequer da administração estadual para o cumprimento da lei 2.851/2014, que teve seus efeitos suspensos por decreto do governador Marcelo Miranda.
A lei regulamenta conquista histórica dos policiais civis, com o alinhamento da carreira de cerca de 1,3 mil profissionais. O alinhamento foi promovido pelo próprio governador Marcelo Miranda em 2007, na sua penúltima gestão.
Porém, a regulamentação da conquista se arrastou por todos os governos seguintes e só veio a ocorrer em abril do ano passado, para ter efeitos financeiros parcelados em quatro vezes a partir de 2015.
O governo do Estado alega não ter dinheiro para a conquista dos policiais, mas a parcela de 2015 do alinhamento corresponde a apenas 1% da folha de pagamento do Estado e não ultrapassa mensalmente o percentual de 21% do que o Estado tem para gastar com o pagamento de salários de cargos comissionados.