O Centro de Treinamentos Evolução de Araguaína (TO) proporcionou para crianças com idade entre quatro e 12 anos e jovens entre 13 e 16 o Acampamento Extremo, um conjunto de atividades divertidas e lúdicas que ensinaram a importância do civismo, respeito ao próximo e cooperação.
A colônia de férias aconteceu dos dias 18 a 20 de julho e promoveu um resgate às brincadeiras que se perderam com o tempo e que foram substituídas por tecnologias como o celular, YouTube e vídeo games de última geração. Tudo isso mesclado a importantes lições de moral que só víamos no final de cada episódio do desenho He-Man.
Um pé no escotismo
Segundo a coordenadora do acampamento, Érica Weysfield Mendes Tomelin, a ideia da colônia de férias nasceu a partir de experiências no escotismo. “Eu e meu marido já participávamos do grupo de escoteiros em Palmas. Por termos filhos e a preocupação de sempre ensinar algo a mais para os meninos, vimos que os coleguinhas deles queriam ter uma atividade um pouquinho mais animada, daí nasceu o Acampamento Extremo”, explicou a coordenadora.
Atividades
O acampamento foi recheado de atividades, ninguém ficou parado durante os três dias de diversão, aprendizado e novas amizades. Logo após a recepção no primeiro dia, as crianças participaram do momento de hasteamento da bandeira nacional e do cântico do hino, um momento cívico que precisa ser resgatado nas crianças.
Todas as outras brincadeiras trouxeram conhecimentos sobre responsabilidade civil, patriotismo, resgate e socorrismo, tudo isso dentro do perfil infantil.
As crianças aprenderam, por exemplo, que, durante o cabo de guerra, é necessária cooperação, porque é sempre mais fácil atingir um objetivo quando se tem ajuda. Descobriram com o Bets que, para vencer a partida, é preciso ser ágil, veloz e ter jeito na hora de atirar a bolinha.
Houve ainda competições com bexigas cheias de água, corridas na lama, estilingue gigante e brincadeiras usando o Kinect do Xbox 360, onde o próprio corpo se torna o controle do vídeo game, mostrando que, para ganhar, é preciso se mexer bastante.
Os jovens acima de 13 anos tiveram a oportunidade de montar barracas e dormir no acampamento, além de assar marshmallows na fogueira.
Saindo da inércia
Segundo o pai do pequeno Gustavo, o assistente administrativo Ronaldo Oliveira de Ávila, o acampamento foi um convite para o filho sair da frente da televisão.
“Fiquei sabendo dessas atividades pela minha cunhada, enxerguei nisso como uma chance de tirar as crianças do mundinho virtual delas para que conheçam como eu me divertia quando tinha a idade delas”, destacou Ronaldo.
Diversão e aprendizado
E não foi só de diversão que o acampamento foi feito. Existiram momentos em que, por meio de ensinamentos simples, as crianças aprenderam como salvar vidas. Foi o que contou o jovem Marcelo Rodrigues, de 12 anos. “Aprendi a fazer muita coisa legal, como a massagem cardíaca. Quero voltar assim que tiver outro”.
Fim do acampamento
Foi com clima de despedida que as crianças fizeram uma roda em volta do fogo e assaram marshmallows, contaram histórias e dividiram experiências sobre os dias de diversão.
“O acampamento foi todo legal. À noite a gente assistiu filme até ficar com sono, dormi na barraca e não fiquei com medo. Eu adorei tudo!”, contou a jovem Giovana Rossi de Lima, que completou: “Vou sentir muita falta”.
(Fotos: João Neto)