Prefeitura de Araguaína iniciou o trabalho que beneficiará 409 famílias da zona rural. Projeto também fornece orientações técnicas para maior rentabilidade na produção
Doze pequenos agricultores da região do Garimpinho já estão recebendo a distribuição de calcário que beneficiará 409 famílias em 21 comunidades da zona rural. O trabalho realizado pela Prefeitura de Araguaína faz parte do Programa de Distribuição de Calcário, implantando em convênio com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O objetivo é melhorar a qualidade da terra para gerar alimentos mais nutritivos e renda na agricultura familiar.
Para a aposentada e primeira beneficiada Luiza Francisco da Costa, 63, com o programa será possível dobrar a produção de abacaxi na propriedade. “No ano passado, foi plantado cerca de 60 mil mudas e este ano deve chegar a 120 mil”, estimou. O crescimento é possível porque o calcário corrige a acidez do solo, equilibrando seu PH e tornando-o mais fértil.
Polo produtor de abacaxi
A região do Garimpinho é um polo de produção de Abacaxi Pérola e quase toda produção é exportada para a Região Sudeste. Junto com o calcário, os produtores recebem também orientações da equipe técnica para que planejem suas atividades, obtendo maior rentabilidade na produção.
O diretor municipal de Agricultura e Pecuária, Mário Vitória, acompanha de perto o trabalho dos tratores que esparramam e misturam do mineral na terra. Ele orientou para que o abacaxi seja plantado o mais rápido possível.
“O abacaxi é como um cacto, é plantado no seco, no pó. Ele vai resistindo e secando, e isso quebra a dormência da muda. Quando vem a primeira chuva, a resposta dele para sobreviver é muito grande. Esse desenvolvimento rápido no início garante que cresça mais forte”, explicou. O produto demora cerca de 1 ano e meio para ser colhido, e chega a 3,5 kg.
Comunidades atendidas
Após o Povoado Garimpinho, as máquinas da Prefeitura seguem para as comunidades dos assentamentos Três Riachos, Paraíso, Rio Preto e Manoel Alves, entre outros. Nas localidades citadas, são produzidos diversos alimentos como abacaxi, mandioca, melancia, feijão, entre outros.
A agricultura familiar é responsável pela produção dos hortifrútis ofertados na merenda escolar da rede pública municipal, lares de idosos e orfanatos, adquiridos por meio dos programas Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Compra Direta. Em 2018, mais de R$ 1,6 milhões foram injetados na economia local por meio dos dois programas.
(Marcelo Martin/Fotos: Marcos Sandes)