Movidos pela saudade e lembrança, entes e amigos prestam homenagens. Prefeitura orienta sobre retirada de recipientes que possam acumular água
A Prefeitura de Araguaína, por meio da Fundação de Atividade Municipal Comunitária (Funamc), deu suporte necessário às mais de 40 mil pessoas que visitaram o Cemitério São Lázaro na última segunda-feira, 2, Dia de Finados. Foi um dia de saudade, parentes e amigos prestaram homenagens àqueles que já se foram.
A Prefeitura orienta ainda que as pessoas retirem os vasos de plantas e flores no prazo máximo de 30 dias para evitar a disseminação do mosquito da dengue, devido ao período chuvoso e acúmulo de água nos recipientes.
Suporte
“Nossa equipe de suporte tem mais de 40 pessoas, além disso, foram disponibilizados médicos para dar apoio e viatura de polícia para a segurança”, apontou a superintendente da Funamc, Cleidimar Melo. A Secretaria da Saúde disponibilizou duas equipes médicas para, caso haja necessidade, dar atendimento de emergência aos visitantes. Quatro tendas e seis banheiros químicos também foram instalados no local para a comunidade.
Em funcionamento há mais de 59 anos, o Cemitério São Lázaro tem cerca de 37 mil túmulos registrados. Outros três cemitérios em Araguaína, localizados nos bairros Monte Sinai, Novo Horizonte e Barros, receberam ações da Prefeitura.
Homenagens
Através de um cartaz, colocado na entrada do cemitério, funcionários prestavam homenagem a Sinomar Gonçalves Gouveia, falecido no mês passado vítima de um infarto. Sinomar foi construtor do Cemitério Municipal São Lázaro por 35 anos, sendo por 10 anos administrador do local.
Iramar Cardoso de Sousa, ator, foi visitar o irmão falecido há 29 anos. “A visita traz a lembrança, a saudade, faz um bom tempo que eu não vinha, meu pai faleceu recentemente, então voltei a visitar meu irmão”, explicou Iramar.
Adriano Nascimento, vendedor, estava visitando os túmulos da tia, do avô e do primo, sepultados lado a lado. “Visito pela tradição, não é a tristeza que me move, é mais a saudade, a lembrança dos momentos bons que foram vivenciados”, destacou Adriano.
Já para Elival de Oliveira, motorista, todos deveriam visitar os entes falecidos. “Venho ao cemitério no dia de finados há exatos 25 anos, acho que as pessoas têm obrigação de visitar os parentes que já se foram, para que eles não caiam no esquecimento”, destacou Elival. Afirmou ainda que fica das 6 da manhã até às 6 da tarde prestando homenagem ao pai falecido em 1990 e à tia falecida em 1991.
Várias igrejas marcaram presença no local, grupos distribuíam panfletos, livros, água e palavras de conforto e esperança aos visitantes.
Renda extra
O Dia de Finados também é fonte de renda extra para muitos. Como é o caso da Lairene Barros, florista, que comercializava no local pela primeira vez e comentou sobre o movimento no local. “O movimento está muito bom”, comentou a florista. A Rua Belo Horizonte, em frente do cemitério, estava repleta de vendedores de flores, velas e comida.
(João Neto/Foto: Leila Mel)