Na manhã desta sexta-feira (24), data em que é comemorado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, o médico pneumologista César Augusto Delgado conduziu o diálogo sementes (metodologia no qual o convidado conta sua experiência) para os usuários, acadêmicos, acompanhantes, visitantes e empregados do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT).
Na ocasião, o especialista que possui 30 anos de experiência no assunto abordado, falou sobre a importância do diagnóstico precoce, que pode ser realizado nas Unidades Básicas de Saúde, além de desmistificar a cultura sobre o contágio da tuberculose, no qual por muito tempo se pregou a necessidade em isolar todos aparatos utilizados pelo paciente. “O contágio da doença só ocorre por contato diário e íntimo de pessoa para pessoa que tenha o bacilo”, disse.
Após abordagem do médico, o público interagiu e esclareceu as dúvidas relacionadas ao tema. Para a chefe da Unidade de Apoio Corporativo, Rosirene Alcânfor, foi uma excelente oportunidade de aprendizado. “Foi bastante importante pelo fato de estarmos inseridos em uma unidade de saúde em que em nossa vivência diária, tratamos usuários que adquiriram a tuberculose, as explanações foram esclarecedoras”, frisou.
O HDT-UFT está inserido no Programa Nacional de Controle da Tuberculose e é referência na região. Os usuários são encaminhados ao hospital nos casos de tuberculose com complicações e/ou multiresistente onde são acompanhados pelo pneumologista.
O evento foi organizado pela Unidade de Doenças Infectoparasitárias, Serviço Multidisciplinar de Dermatologia e Pneumologia, Divisão de Gestão do Cuidado e Unidade de Vigilância em Saúde.
Saiba mais sobre a tuberculose
Sintomas: de acordo com o Ministério da Saúde, os sinais e sintomas mais frequentes são: tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo e prostração; febre baixa geralmente no período da tarde; suor noturno; falta de apetite; emagrecimento acentuado e rouquidão.
Prevenção e tratamento: a vacina BCG é obrigatória para menores de um ano, pois protege as crianças contra as formas mais graves da doença. A melhor forma de prevenir a transmissão da doença é fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. Com 15 dias após iniciado o tratamento, a pessoa já não transmite mais a doença. O tratamento deve ser feito por um período mínimo de 6 meses, diariamente e sem nenhuma interrupção. O tratamento só termina quando o médico confirmar a cura total do paciente.
(Daianni Parreira)