Só nesta semana, ocorreram dois incidentes, um em uma UBS e outro em uma escola, e a casa do prefeito também foi alvo de assaltantes
Preocupado com a onda de violência que aflige Araguaína e ataques sucessivos em órgãos públicos, o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (PR), candidato a reeleição pela Coligação Araguaína Sem Parar, cobra do Estado ação mais efetiva para a segurança pública, entre elas a criação de uma força tarefa para investigar os fatos que vem ocorrendo nas unidades básicas de saúde e também nas unidades de ensino.
Dimas encaminhou um ofício para o delegado regional da 1º Delegacia Regional de Polícia Civil de Araguaína, Emerson Francisco de Moura, solicitando providências urgentes, para que seja formada uma força tarefa visando à apuração dos crimes ocorridos nos órgãos públicos municipais. “Como é de conhecimento de Vossa Excelência e de todos os cidadãos araguainenses, a criminalidade em Araguaína tomou rumos incontroláveis e, por diversas vezes, a Prefeitura Municipal interveio em busca de ajuda para que pudéssemos coibir esse tipo de ação”, iniciou o prefeito no ofício.
“Recentemente temos observado que o foco dessa criminalidade está voltado aos órgãos públicos municipais, como Unidades Básicas de Saúde – UBS e escolas, além das diversas tentativas de invasão por criminosos armados na Unidade de Pronto Atendimento – UPA”, diz no documento.
Assalto
O fato mais recente ocorreu na tarde desta quinta-feira, 15, na própria residência do prefeito. Dois homens armados aproveitaram o momento que uma candidata a vereadora entrava na casa e anunciaram o assalto. Tudo foi registrado pelo sistema de vigilância eletrônica da residência.
Estavam na casa apenas os funcionários que trabalham no local. Foram ameaçados, caso reagissem, os assaltantes iriam atirar. A ação ocorreu no máximo no tempo de cinco minutos. Os criminosos levaram celulares e um carro de um funcionário, um Siena prata, placa WNY 5649 (Araguaína/TO).
Ação do Estado
Dimas estranha essas ações que vem ocorrendo continuamente em órgãos públicos. “Todo mundo está com muito receio do que vem acontecendo. Mas, mais do que isso, nesse momento, o que está me parecendo que é uma situação meio orquestrada: uma unidade básica com tiroteio, atingindo dois jovens estudantes; aí na sequência um assalto em uma escola municipal, onde uma pessoa saiu desfalecida de lá, tamanho a violência; hoje na minha casa um assalto sem mais nem menos, isso é muito, muito estranho”, comentou.
E o prefeito cobrou do Governo Estadual a realização do concurso da Polícia Militar e também o projeto de videomonitoramento para a cidade. “Continuo cobrando do Governo do Estado uma solução pra isso, não é possível que isso permaneça da forma como está. Cadê o concurso público? Onde está o videomonitoramento que a gente assinou o convênio para poder fazer e até hoje nenhum centavo? Uma incompetência generalizada esse governo”, desabafou.