Nesta semana, a polêmica em torno da suspensão de benefícios concedidos pelo governo a servidores públicos estaduais esteve no centro dos debates na Assembleia Legislativa (AL). Ponderado, o deputado estadual Elenil da Penha (PMDB) defendeu que a Casa discuta o assunto, com cautela e coerência, fazendo valer o interesse público. “De um lado, temos o governo, que, por meio de decreto, suspendeu os benefícios concedidos a várias categorias. Do outro, temos os servidores, insatisfeitos com essa medida. E, claro, temos a população, que espera pelo fim do impasse. A divergência de opiniões é característica fundamental do processo democrático. Contudo, nós, deputados, temos que buscar o consenso. Não é necessário que ‘A’ concorde com ‘B’, mas é indispensável que se busque o entendimento, priorizando o povo e não objetivos partidários”, afirmou o parlamentar.
Elenil mostrou preocupação com a crescente judicialização das políticas públicas no Tocantins. “Infelizmente, o que vemos é que toda e qualquer questão conflituosa vai parar na Justiça. Em tempos em que o próprio Judiciário prega a conciliação, isso é um contrassenso. Portando, é preciso que nós tenhamos equilíbrio nos nossos posicionamentos e ajamos com responsabilidade. Há muito a discutir, mas pouco interesse no debate saudável. A Assembleia deve cumprir com seu papel, tendo independência para analisar as demandas apresentadas pelo povo e sabedoria para fazer delas temas de audiências públicas. Precisamos ouvir o que a população pensa, agir com maturidade e decidir com sensatez”, explicou o 2º Secretário da Casa.
Elenil lembrou que foram escolhidos, na manhã da última quarta-feira, 25, os nomes dos presidentes e vice-presidentes e demais membros titulares e suplentes das 11 comissões permanentes da Assembleia, e destacou a importância dessa definição. “Como faço parte da Mesa Diretora, não integro nenhuma comissão, o que não quer dizer, claro, que não vou acompanhar ativamente as ações de cada uma delas. Todos os projetos de lei e medidas provisórias devem ser analisados, primeiramente, pelas comissões. Somente depois de aprovadas por elas, as matérias seguem para o plenário. Com a definição dos integrantes, podemos, finalmente, dar início ao debate de várias propostas que já tramitam na Casa”, finalizou o deputado.