Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (31), gestores da Umanizzare Gestão Prisional apresentaram à imprensa todo o acervo de realizações da empresa durante o período que administra em regime de cogestão a Casa de Prisão Provisória, em Palmas, e a Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota, em Araguaína. Os jornalistas foram atendidos pelo porta-voz, André Caires, e a gerente de projetos, Sheryde Karoline.
Questionados sobre o processo de transição para gestão exclusiva do Estado nas unidades prisionais, André Caires esclareceu que a empresa ofereceu como melhor alternativa um cronograma de transição progressiva que finalizaria os serviços da empresa somente em novembro deste ano. Segundo ele, o documento foi minuciosamente elaborado em parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania e buscava garantir segurança aos reeducandos.
“Elaboramos um calendário com foco na segurança social e dos reeducandos. O objetivo era não haver interrupção abrupta dos serviços”. Afirmou, entretanto, que a empresa respeita a decisão da Justiça de antecipar o fim do contrato e que está se articulando com o Governo do Estado para assegurar uma transição tranquila. “Temos tido essa parceria desde sempre com o governo e reforçamos esta articulação especialmente neste momento”.
O porta-voz esclareceu como funciona o sistema de cogestão dos presídios e informou à imprensa que a empresa cumpriu rigorosamente o que está previsto no contrato em relação ao trabalho de ressocialização e de manutenção das unidades. “Temos a convicção de que alcançamos ótimos resultados, especialmente nos atendimentos nas áreas técnicas, saúde, educação, psicologia e acolhimento das famílias. Agora, estamos oferecendo absoluto apoio para o Estado assumir gradualmente a parte operacional”.
Questionados sobre a recomendação do Tribunal de Contas do Estado/TCE sobre a conservação predial das unidades prisionais, a gerente de projetos, Sheryde Karoline, esclareceu que várias falhas já haviam sido saneadas antes mesmo da notificação efetuada pelo governo. Segundo ela, alguns problemas apontados na unidade de Palmas, por exemplo, decorrem do tempo de construção do prédio e da superlotação.
“Nosso trabalho de manutenção preventiva e corretiva é permanente. Ainda assim, criamos uma força-tarefa para identificar as falhas apontadas. Mas podemos assegurar que estamos entregando as unidades em melhor estado do que recebemos. No caso de Palmas, por exemplo, temos um prédio antigo em situação de superlotação, o que praticamente inviabiliza uma manutenção mais eficaz”, esclareceu.
O porta-voz da Umanizzare também destacou o trabalho de ressocialização, especialmente a política de remição de pena pelo trabalho e pela educação. A gerente de projetos Sheryde Karoline também esclareceu que a Umanizzare cumpriu fielmente o que reza a Lei de Execução Penal, criando programas e projetos de qualificação de mão de obra, de acesso à educação formal e ao trabalho remunerado dentro das próprias unidades prisionais.
“Neste trabalho de ressocialização, alcançamos resultados expressivos, seja pelo trabalho, por exemplo, com a acertada política da Umanizzare de aproveitar mão de obra dos reeducandos, qualificando-os para área de manutenção, de limpeza, de cuidado das hortas. Também tivemos sucesso no trabalho de remição da pena pela leitura, pela educação. Só temos a comemorar os resultados obtidos em Tocantins”.
Ainda segundo a gerente de projetos, a Umanizzare tem realizado todos os esforços para instrumentalizar a nova equipe que assume a execução dos serviços. “A gente tem se colocado à disposição da equipe que está entrando, explicando a metodologia, o planejamento anual dos projetos e como são pensados. A gente tem feito isso de forma alinhada com a nova equipe. A nossa participação nesta transição é fundamental para a continuidade dos projetos e, no que depender de nossa equipe, esperamos que esse senso de comprometimento seja mantido”, concluiu a gerente.