Estação de Tratamento de Esgoto do Hospital Dom Orione trata todo o efluente gerado na unidade

Além dos cuidados com a saúde e com o bem-estar da população de Araguaína/TO e região, o meio ambiente é outra preocupação constante do Hospital Dom Orione (HDO). Por se tratar de uma instituição de grande porte, com mais de mil colaboradores, e atendendo cerca de sete mil pacientes por mês, a geração de esgoto torna-se muito alta.

Para impedir que esse efluente seja lançado no meio ambiente sem o devido processo de tratamento, causando poluição e degradação do solo e rios, o HDO conta com uma bem estruturada Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Por meio dela, todo o resíduo líquido passa por um processo de tratamento denominado “lodo ativado”, no qual após devidamente tratados, são lançados no Córrego Neblina, que passa ao lado da unidade.

Caso não houvesse o tratamento desse efluente, haveria graves riscos ao meio ambiente, como explica o engenheiro ambiental do HDO, Higo Pimenta. “O lançamento de efluentes líquidos não tratados em córregos – como não é o caso da destinação feita pelo hospital Dom Orione-, pode provocar um sério desequilíbrio no ecossistema aquático”, pontuou.

Para o presidente do Hospital Dom Orione, Padre Jarbas Assunção Serpa, além de cumprir uma obrigação legal, a Estação é também uma forma de zelo e cuidado com o próximo, pois a degradação do meio ambiente afeta não só o ecossistema, mas também põe em risco a saúde das pessoas. “Nós somos uma obra orionita e faz parte do carisma desta entidade, o respeito e a caridade com todas as pessoas. Isso também passa pela questão ambiental, pelo qual devemos zelar por sua preservação, para benefício de toda a comunidade”, enfatizou.

Legislação

A Estação de Tratamento de Esgoto do Hospital Dom Orione foi instalada em 1994, e desde então trata todo o resíduo líquido gerado na unidade. Por meio da estação, o hospital atende as resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) 430/2011, que dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes; e, 357/2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.

O processo

O tratamento do HDO se resume a um nível secundário: lodo ativado e decantador chincanado, como descrito abaixo:

O efluente a ser tratado, (oriundo de todas as alas e setores do Hospital), é direcionado, por gravidade, a Estação de Tratamento de Esgoto, onde é recebido no que chamamos de reservatório enterrado. Após depositado nesse tanque de recebimento, o efluente é enviado, por bombeamento, ao reservatório elevado, onde está depositado o lodo ativado por bactérias, responsável por parte do tratamento.

Com o preenchimento do reservatório, é acionado o aerador da Estação, ficando em funcionamento por aproximadamente uma hora e meia, injetando oxigênio no efluente. Após desligado o aerador, o efluente fica por aproximadamente uma hora e meia na fase de decantação no mesmo tanque onde sofreu a aeração.

Em seguida, aciona-se a válvula de liberação do efluente que, por gravidade, é lançado no reservatório de cloração. Nessa etapa de cloração, logo que o efluente é liberado, é acionada automaticamente a bomba dosadora responsável por clorar e desinfetar o líquido, que é injetado ao efluente por cotejamento, evitando assim uma possível superdosagem.

Após o tempo de contato com o cloro, o efluente, já tratado, é lançado ao corpo receptor, o Córrego Neblina.

(Rodrigo Martins/Sagrado Comunicação)

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