Medidas buscam garantir os direitos dos animais e preservar a saúde humana
O tamanho da população de cães e gatos é uma preocupação que envolve toda a comunidade. A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), após receber demanda no Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas (Nuamac) de Araguaína, articula ações junto ao poder público com o objetivo de garantir os direitos dos animais e preservar a saúde humana.
Uma reunião no último dia 27, entre a DPE-TO, a Associação Protetora dos Animas de Araguaína “É o Bicho” – representantes que apresentaram a demanda, e Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Araguaína, resultou em encaminhamentos importantes para a questão de saúde.
Durante o encontro ficou definido que a Defensoria irá acionar o poder público municipal para que informe sobre o andamento das obras do Centro de Esterilização para Cães e Gatos. “Ficou claro que o controle de natalidade dos animais depende do funcionamento do centro, sendo que o Executivo tem uma obra prevista. Queremos saber dos prazos e impedimentos para conclusão. Assim, como, discutir sobre a necessidade da instalação de um lar provisório para acolher os animais de rua”, disse a defensora pública Téssia Gomes Carneiro, coordenadora em substituição do Nuamac de Araguaína.
Segundo representantes da Associação, Maria de Jesus Holanda e Rejane Frazão, através da castração de cães e gatos, uma série de problemáticas oriundas do descontrole populacional de animais do município será evitada, promovendo um maior bem-estar à população e aos animais, como a redução de casos de maus tratos e abandono.
Já a UFT fará um levantamento sobre os custos e vagas mensais nas dependências do Hospital Veterinário da instituição para castrações de animais abandonados para controle de natalidade. Caso o centro seja implantado, a UFT poderá, via convênio, disponibilizar alunos, sob supervisão de médicos veterinários. “A faculdade de medicina veterinária sempre se dispôs a ajudar via projeto de extensão. A UFT já oferta vagas para cirurgias dessa natureza, bem como para atendimentos em geral, contudo, não possui espaço, nem condições de abrigar os animais durante o pós-operatório, uma vez que não interna animais”, esclareceu o professor Jorge Ferreira, coordenador do curso.
Na ocasião, a DPE-TO esteve representada pela defensora pública Téssia Gomes Carneiro, coordenadora em substituição do Nuamac de Araguaína e a equipe jurídica do Núcleo, além de professores do curso de Medicina Veterinária e representantes da Associação.
(Keliane Vale/Foto: Nuamac – Panmela Rudimila)