Grupo de ciclistas percorreu importantes vias da cidade para chamar atenção quanto à responsabilidade de todos no trânsito e orientar sobre as normas de segurança
“O Código Brasileiro de Trânsito prever que os veículos maiores são responsáveis pelo menores, os motorizados pelos não motorizados, e todos pela segurança dos pedestres. Se todos fizerem a sua parte, nós teremos menos acidentes”, afirmou o superintendente da ASTT (Agência de Segurança, Transporte e Trânsito), Shelldon Sá. Essas e outras informações foram passadas durante o Pedal Amarelo de Araguaína, neste domingo, 29, que reuniu quase 100 pessoas.
A ação que percorreu importantes ruas da cidade foi promovida pela ASTT e parceiros e faz parte da Campanha Maio Amarelo. A programação iniciou com o monumento Cristo Redentor que ganhou uma iluminação na cor amarela, no último dia 2, e será finalizada nesta terça-feira, 31, às 7h30, com uma blitz educativa na Avenida Filadélfia.
Orientação aos ciclistas
Aos ciclistas, foi orientado os gestos indicativos para sinalizar a mudança de sentido. Para ir para esquerda ou direita o ciclista deve apontar com o braço a direção, e se for parar, o ideal é levantar o braço esquerdo. Já para seguir em frente no cruzamento deve fazer um movimento para frente e para trás, com o braço esquerdo erguido na altura do ombro e com cotovelo dobrado em 90 graus para cima, transformando o antebraço em uma seta.
“Além disso, o ciclista deve fazer uso dos equipamentos de segurança, como capacete, já na bicicleta deverá usar material refletor que vai ajudar na visualização por outros veículos, e um retrovisor sem haste somente do lado esquerdo da bicicleta, já que irá trafegar pelo lado direito da via, isso quando não existir local apropriado a esse trânsito, ou seja, ciclovia e ciclofaixas”, explicou o superintendente.
Responsabilidade do maior para o menor
Para os condutores de veículos motorizados, a orientação principal é o respeito. “É necessário sempre andar dentro do limite de velocidade, obedecer às outras sinalizações de trânsito e manter uma distância lateral mínima de 1,5 metro dos ciclistas, pois eles juntos com os motociclistas e pedestres são os mais vulneráveis no trânsito”, informou Shelldon.
Vulneráveis no trânsito
O socorrista do SAMU 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) Wellington Gouveia, 45 anos, participou da pedalada e contou sobre a experiência nos casos que já atendeu. “A gente percebe que a grande maioria dos acidentes graves estão associados a impaciência no trânsito, ultrapassagem perigosa e a alta velocidade. Se estiver ainda junto com álcool, é quando geralmente há morte ou muitas sequelas”.
O morador Andrews Campos, 43 anos, foi uma dessas vítimas no trânsito por conta da impaciência. Há quase dois anos, em uma motocicleta, ele se chocou contra um carro que avançou a sinalização de pare. Por causa do acidente, Andrews colocou vários pinos na perna. “Eu já superei, mas é difícil caminhar, por causa da dor. Já pedalar é tranquilo, então logo que me recuperei, comprei uma bicicleta para fazer exercício”.
(Marcelo Martin/Foto: Marcos Sandes)