Todos os laudos periciais sobre a morte do jornalista Francisco Mateus da Silva Júnior foram entregues nessa quarta-feira, 20, pelos peritos oficiais criminais e legistas, aos delegados da Polícia Judiciária Civil, durante entrevista coletiva realizada no gabinete da Superintendência da Polícia Científica, situada no prédio da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Estado (SSP-TO), em Palmas.
Durante a entrevista, os peritos da Polícia Científica esclareceram detalhes das perícias realizadas na residência da vítima, no local onde o corpo do jornalista foi deixado, bem como, a necropsia realizada.
A coletiva foi aberta pelo superintendente da Polícia Científica, Gilvan Nascimento Nolêto, que, em sua fala, destacou todas as providências adotadas desde o momento da informação de desaparecimento do jornalista, passando pela utilização de modernos equipamentos de investigação científica, até os exames necroscópicos.
“Ao todo, quatro equipes da Polícia Científica trabalharam no caso, cujas linhas iniciais de investigação apontavam para roubo [crime contra o patrimônio] e desaparecimento de pessoa. Entretanto, observando os vestígios no local, acionamos a equipe de crimes contra a vida, juntamente com a equipe de laboratório, as quais, utilizando um gerador de Luz Forense em diferentes intensidades de luz, examinaram detalhes que passam despercebidos ao olho humano. Todavia, a rapidez na elucidação dos fatos, se deu graças ao trabalho integrado, entre os profissionais da Polícia Científica e Judiciária Civil. Um completando o outro”.
O superintendente destacou ainda, a integração harmoniosa e exitosa dos trabalhos realizados entre peritos oficiais criminais e legistas, durante a necropsia, para que todos os detalhes robustecessem as investigações da Polícia Judiciária. “Essa integração precisa ser constante”, enfatizou.
Os trabalhos das equipes do IML e do IC foram fundamentais para derrubar a versão apresentada pelos suspeitos, os quais alegavam que a vítima teria morrido por problemas respiratórios. Entretanto, a perícia constatou que a causa morte fora ocasionada por asfixia mecânica por estrangulamento, uma vez que a asa direita do osso hióde (situado na região do pescoço) encontrar-se quebrada. Os sulcos encontrados na região do pescoço da vítima, também reforçam a convicção do estrangulamento, esclareceu o médico legista, Hélio Rovilson.
O perito Cleudson de Araújo Correia, do Instituto de Criminalística, também explicou de forma clara e objetiva, toda a dinâmica dos fatos, a partir do local onde o corpo foi encontrado. No laudo necroscópico, o médico legista Hélio Rovilson Soares, responsável pela necropsia no IML, da vítima, explicou que o cadáver não apresentava sinais de tortura, nem defesa.
Para finalizar, os delegados Vinicius Mendes de Oliveira, que preside o inquérito sobre a morte do jornalista e; Liliane Albuquerque Amorim, ambos da DEIC, falaram sobre a importância dos laudos e do trabalho realizado pela Polícia Científica, ressaltando que há provas mais do que suficientes contra todos os suspeitos na morte de Mateus Júnior. Quatro dos envolvidos no crime já estão presos, restando apenas um foragido, o qual já foi identificado e em breve pode ser capturado.
(Rogério de Oliveira)