Após notificações e multas, fiscais constataram que sistema de tratamento de poluentes do ar continua sem atender às normas ambientais
Um laticínio instalado na região norte de Araguaína foi interditado após nova vistoria técnica realizada na tarde desta terça-feira, 9, por uma equipe da Secretaria Municipal do Planejamento, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia. Para reabrir as portas e retomar as atividades produtivas, o laticínio precisa readequar as instalações a fim de sanar a emissão de poluentes no ar.
Conforme o relatório da vistoria, o sistema de tratamento de efluentes do laticínio estava funcionando em descompasso com as normas ambientais vigentes. A falta de tratamento estava ocasionando mau cheiro em vários setores da cidade. “A empresa já havia sido notificada e multada, mas o problema persistiu, o que levou à interdição. A Prefeitura de Araguaína visa o bem comum, o da coletividade, e por isso a medida foi tomada”, explicou o secretário municipal do Planejamento, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Bruno Rangel Cesar.
Segundo ele, a nova fiscalização desta terça-feira foi motivada após a Secretaria registrar diversas reclamações de moradores de Araguaína relatando incômodos e preocupações com o problema.
A interdição é válida em 24 horas contadas a partir da data da vistoria, prazo concedido para que não haja prejuízo da matéria-prima já em utilização no estabelecimento. O prazo também visa dar vazão aos produtos que ocupam atualmente o estoque do laticínio.
A fiscalização
Integrante da equipe responsável pela vistoria, o superintendente de Meio Ambiente da Secretaria, Fabrício Rodrigues, disse que o estabelecimento deve ficar fechado até a conclusão das adequações. “Mesmo com toda a licença para lançamento regular, o efluente não vinha sendo tratado em sua plenitude, incorrendo em crime ambiental”, acrescentou.
Conforme informações da Secretaria, o laticínio já foi notificado oficialmente sobre a decisão. Caso não cumpra as determinações, o estabelecimento ficará sujeito a novas multas, entre outras penalidades legais.
(Foto: Marcos Filho)