Prevenção e combate à surdez: vários fatores podem estar relacionados ao problema

O médico especialista Daniel Nunes explica que as pessoas podem tomar muitos cuidados para evitar uma perda auditiva precoce

 

No próximo 10 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. A campanha busca conscientizar as pessoas sobre a importância do cuidado com a saúde auditiva.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, no Brasil, existem cerca de 28 milhões de pessoas com algum tipo de surdez. A OMS estima ainda que 10% da população mundial tem alguma perda auditiva e boa parte dessas pessoas teve a audição danificada por exposição excessiva a sons.

A surdez pode acontecer quando a pessoa já nasce com a deficiência ou adquire ao longo da vida, por fatores genéticos, lesões, exposições a ruídos ou doenças. “Nossa audição é o sentido mais precioso. Enquanto a visão nos priva das coisas, a falta de audição nos priva das pessoas. A perda de audição é o problema congênito mais frequente, as células do ouvido interno são sensíveis a inúmeros fatores como vírus e diversos medicamentos”, explica o médico otorrinolaringologista, Daniel Nunes.

Prevenção

De acordo com o especialista, existem maneiras para prevenir o problema desde a infância.

“É fundamental que seja realizado o chamado teste da orelhinha nas primeiras 48 horas de vida para detecção precoce de perda auditiva. Em condições ideais, pode-se intervir e a criança levar uma vida normal”, afirma Daniel.

Ele lembra também que o uso de aparelhos eletrônicos e fones de ouvidos em volume alto podem causar a surdez ao longo do tempo.

“Os cuidados com a audição na vida adulta estão, principalmente, em evitar exposição a ruídos intensos, uso de protetor auditivo no ambiente de trabalho ruidoso, cuidado com doenças de base, como o diabetes. A queda da acuidade se inicia por volta dos 40 anos de idade”, destaca.

Aparelhos corretivos

O uso aparelhos auditivos podem apresentar vantagens para as pessoas com esses problemas. “É importante entender que é considerada surda a pessoa com perda de audição severa e que implica na comunicação com os demais. O uso do aparelho auditivo sonoro individual, bem indicado e sem procrastinação por causa de preconceito, gera excelentes resultados”, afirma.

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