Segundo a PF, erros grosseiros, como compra de avião e uso de documentos verídicos, facilitaram ação da polícia
Integrantes da quadrilha que desviou R$ 73 milhões ao fraudar um prêmio da Mega-Sena, no final do ano passado, facilitaram o trabalho de investigação da Polícia Federal ao cometer erros “grosseiros”, na avaliação da polícia.
Além do suplente de deputado Ernesto Vieira Carvalho Neto (PMDB-MA), que comprou um avião de pequeno porte dias após o golpe, outro participante da fraude adquiriu seis carros da marca Corolla e uma caminhonete Hilux no mesmo dia, numa concessionária de Goiânia.
Por enquanto, apenas o político e o gerente-geral da agência da Caixa Econômica Federal em Tocantinópolis, Robson Pereira do Nascimento, estão presos. A PF caça ainda outros três acusados do desvio, o maior da história do banco estatal.
A aeronave de prefixo PT-VBU adquirida pelo suplente de deputado é um Embraer 720D Minuano originalmente registrado na cidade paulista de Barretos. Fabricada nos anos 90, a aeronave não custa menos de R$ 600 mil.
O delegado Omar Peplow, que está à frente das investigações, disse ainda que a quadrilha utilizou um comprovante de endereço real para a abertura da conta corrente na qual o dinheiro foi depositado. A conta foi aberta em nome de uma funcionária de Carvalho Neto, que admitiu ter cedido o nome.
A PF espera realizar novas prisões nos próximos dias, mas acredita que os foragidos estão escondidos aguardando a ação de seus advogados – como a obtenção de habeas corpus.
(IG)