A correção será de R$ 0,75 a partir do dia 10 de março. Passagem será de R$ 3,75 para usuário do bilhete eletrônico, de R$ 4 em dinheiro e vale-transporte e de R$ 2 para estudantes
O transporte coletivo urbano no Município de Araguaína fixará tarifa com reajuste de R$ 0,75 a partir de 10 de março. Dos R$ 3,25 cobrados atualmente em dinheiro, R$ 1,62 para estudantes e R$ 3 para usuário com bilhete eletrônico passará para R$ 3,75, R$ 4 e R$ 2. Realizado pela empresa Viação Passaredo, o serviço atende hoje 120 dos 141 bairros da cidade com 14 linhas ativas.
A fixação da nova tarifa foi realizada após aprovação da Comissão Mista para Deliberação do Reajuste Tarifário do Sistema, depois de 15 meses sem reajustes. De acordo com a comissão, os custos com o transporte necessitavam de tarifa no entorno de R$ 5. Os custos apresentados apontaram que o novo valor é necessário principalmente por conta do aumento em gastos com os ônibus, o óleo diesel, insumos utilizados no transporte, além da utilização dos usuários pelo transporte clandestino.
A comissão alega que caso o reajuste não fosse feito, o Sistema de Transporte não suportaria o atendimento aos passageiros. O valor da tarifa em Araguaína era o mais baixo cobrado em cidades de médio porte do Estado, como Gurupi, e na capital Palmas, por exemplo.
Gratuidades e descontos
Ao todo, o sistema de transporte coletivo urbano de Araguaína conta com 3.500 usuários e 170 mil passagens com gratuidades e descontos de R$ 50% por mês. As passagens emitidas com desconto no cartão magnético são de 49.491 mensais e as gratuitas passam dos 51.500, emitidas para idosos, doentes em tratamento e deficientes, que somam mais da metade do total.
Idosos acima de 65 anos e pacientes em tratamento do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) que possuem o bilhete eletrônico são isentos da tarifa.
Conscientização da população
O transporte clandestino é um dos problemas mais frequentes que impossibilitam mais investimentos no transporte público na cidade, desorganiza o transporte coletivo e onera a passagem.
O presidente da Agência Municipal de Segurança, Transporte e Trânsito (ASTT), Fábio Astolfi, lembrou que a população precisa ter consciência de seu papel para que haja transporte de qualidade.
“É preciso que a população entenda que deixando de usar o transporte coletivo, ela impossibilita de que os serviços continuem e benefícios como meia passagem e transporte de idosos, deficientes e doentes seja diretamente afetado”, apontou o presidente.
(Thatiane Cunha/Foto: Marcos Filho Sandes)