Tocantins deve conquistar status livre de febre aftosa sem vacinação em 2020

Durante lançamento da campanha de vacinação contra febre aftosa no Tocantins, neste sábado, 5, na Fazenda Camarinha, no município de Jaú do Tocantins, o superintendente Federal da Agricultura, Rodrigo Guerra, destacou que provavelmente em 2020 os produtores do Estado não sejam mais obrigados a vacinar o rebanho contra a doença.

“A previsão é de que em 2020 paremos com a vacinação. Graças às parcerias firmadas entre o Governo do Estado, Governo Federal e os produtores rurais estamos avançando cada vez mais para nos tornarmos um estado livre da aftosa sem vacinação”, reforçou.

Atualmente, o Tocantins conta com um rebanho de cerca de 8,5 milhões de bovídeos (bovinos e bubalinos). Destes, aproximadamente 4 milhões deverão ser imunizados na segunda etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa, lançada pelo governador Marcelo Miranda, na manhã deste sábado, 5.

Na solenidade, também foram entregues sete veículos que irão auxiliar ainda mais o setor de defesa agropecuária em todo o Estado.

Esta etapa da campanha de vacinação teve inicio no dia 1º de novembro e segue até o dia 30. Desde 2009, conforme autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), são vacinados os animais de até 24 meses de idade, declarados em maio. Na primeira etapa da campanha, que ocorreu de 1º a 31 maio deste ano, a vacinação atingiu mais de 99% do rebanho.

Com o status de zona livre da aftosa com vacinação, conquistado há 19 anos, os produtores tocantinenses têm conseguido fazer com que a carne produzida no Estado chegue a mais de uma centena de países. Em 2015, a venda do produto para o mercado externo alcançou 50 mil toneladas. As exportações tocantinenses são feitas principalmente para a Rússia, Egito, China (Hong Kong), Irã, Iraque, Argélia, Emirados Árabes, Líbia, Venezuela, entre outros.

ÁREA LIVRE DE AFTOSA

De acordo com o governador Marcelo Miranda esses resultados positivos são frutos do trabalho do governo e criadores. “Conquistamos o reconhecimento de área livre da aftosa, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), graças ao empenho de todos, à seriedade, ao compromisso e responsabilidade dos nossos criadores e das nossas equipes técnicas. Já são quase vinte anos de status de área livre da aftosa com vacinação”, enfatizou.

Marcelo Miranda ressaltou ainda o trabalho desenvolvido pelo Governo, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), frente à sanidade animal. “Devemos aqui, por reconhecimento, parabenizar as nossas equipes que têm feito um belíssimo trabalho no cumprimento das ações de fiscalização, acompanhamento da realização de vacinação. Estamos no caminho certo ao disponibilizarmos o serviço estadual de defesa sanitária a todos os criadores, serviço esse fortalecido com os benefícios que hoje entregamos e que vão melhorar o trabalho dos nossos técnicos no campo”, apontou.

Já o presidente da Adapec, Humberto Camelo destacou as expectativas com os resultados da vacinação. “A segunda etapa da vacinação é o fechamento anual da imunização do rebanho. Tenho certeza de que o sucesso da primeira etapa vai voltar a se repetir, porque é de interesse de todos nós, especialmente dos produtores, que nossa carne continue alcançando novos mercados internacionais”, pontuou.

DEFESA AGROPECUÁRIA

Com investimento de R$ 2,1 milhões, oriundos de convênio firmado com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sendo R$ 105,7 mil de contrapartida do Governo do Estado, foram entregues, à Adapec, sete veículos para suporte às ações de defesa agropecuária realizadas em todo o Estado, além de materiais de consumo como pneus, termômetro digital, entre outros.

AUTORIZAÇÃO PARA VACINAÇÃO

Desde o dia 1º de novembro, os produtores já estão autorizados a comprar a vacina nos estabelecimentos credenciados pela Adapec. Após a compra, o produtor rural tem até 10 dias para declarar o ato na Agência de Defesa Agropecuária, onde sua ficha cadastral é movimentada, munido da nota fiscal da compra da vacina e a carta-aviso preenchida corretamente, com todos os dados dos rebanhos existentes na propriedade. Mesmo que o produtor rural não tenha animal na idade vacinal citada terá que atualizar a sua ficha cadastral na Adapec.

Para o produtor rural que deixar de vacinar o rebanho a multa é R$ 5,32 por cabeça e R$ 127,69 por propriedade não declarada. Além disso, fica impedido de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório para acompanhar os animais comercializados ou movimentados da propriedade.

 

(Machado Comunicação/Com informações da SecomTO)

Fazer um comentario