Este ano, 90 municípios tocantinenses aderiram a Campanha Nacional de Hanseníase, Geohelmintíases e Tracoma 2016, cujo lançamento ocorrerá nesta terça-feira, 9, a partir das 8h30, no auditório da Assembleia Legislativa, em Palmas. A campanha tem como público-alvo estudantes de cinco a 14 anos matriculados no ensino fundamental da rede pública de ensino e promove atividades de educação em saúde para auxiliar na identificação de casos de hanseníase, verminoses e tracoma.
Em 2015, a campanha alcançou 77 municípios em todo o Estado. A meta é ampliar a adesão à campanha para os 139 municípios no próximo ano. Além da Secretaria de Estado da Saúde, colaboram com a campanha a Secretaria de Estado da Educação, Juventudo e Esportes (Seduc), o Conselho de Secretários Municipais de Saúde e as prefeituras municipais dos municípios participantes.
A meta estipulada pelo Ministério da Saúde na campanha para a hanseníase é de investigar os sinais e sintomas em, no mínimo, 75% dos escolares da faixa etária preconizada. Para as verminoses, a meta é tratar 85% dos alunos. Para o tracoma, a meta é avaliar 80% dos alunos matriculados no ensino fundamental.
Nas escolas
As ações, voltadas para a hanseníase nas escolas, incluem atividades com uso de formulários ilustrados para que os pais auxiliem as crianças na identificação de manchas suspeitas. Após devolução e triagem dessas fichas de autoimagem, os casos com lesões suspeitas serão encaminhados a uma Unidade de Saúde para avaliação médica da criança e seus contactantes e prescrição de tratamento.
Com relação às verminoses, serão oferecidos comprimidos mastigáveis em dose única, após prévia autorização familiar da criança. A dose será oferecida sob a supervisão das equipes locais de saúde. As geohelmintíases, como também são conhecidas as verminoses, são doenças parasitárias que afetam, em geral, os intestinos e podem prejudicar o desenvolvimento físico e mental e provocar diarreia, dores abdominais, perda de apetite, perda de peso, entre outros sintomas.
Para facilitar o diagnóstico do tracoma, doença ocular causada por uma bactéria e muito comum em crianças, serão feitos exames oculares externos nos alunos. As crianças também serão orientadas sobre medidas simples de prevenção como lavagem das mãos e do rosto. Na campanha do ano passado, dos 60.500 alunos examinados, foram detectados 1.337 casos de tracoma. “Essa campanha é muito importante porque além de identificar oportunamente e tratar de forma adequada, os resultados contribuirão com o dossiê de documentação que definirá a certificação de eliminação do tracoma como causa de cegueira no Tocantins. Essa campanha agrega resultados e contribui com o processo de eliminação da doença como causa de cegueira”, completou a diretora estadual de Vigilância Epidemiológicas Doenças Vetoriais e Zoonoses, Mary Ruth Batista.
Para a diretora estadual de Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis, Adriana Cavalcante, a parceria com as escolas é essencial para o sucesso da campanha. “A saúde detém o conhecimento, mas ter acesso às escolas e a professores mais sensibilizados nos permite uma estratégia mais integrada, justamente para enfrentar essas doenças e cumprir nossas metas. Para nós, é fundamental essa integração voltada para o objetivo comum que é oferecer qualidade de vida a essas crianças”, completou.
(Juliana Matos)