JBS trará reconhecimento da qualidade da carne do TO e facilitará venda, dizem pecuaristas

JBS trará reconhecimento da qualidade da carne do TO e facilitará venda, dizem pecuaristas

Além da geração de emprego, que movimenta a economia e a renda do comércio e serviços na região, a instalação do frigorífico JBS significa para os pecuaristas a conquista de um “selo de qualidade”. Parte do Estado que possui cerca mil criadores de gado com rebanho de 450 mil cabeças, ou seja, 5% de todo o Tocantins, que é de 8 milhões, o segmento da região ganha força pelo fato de a JBS primar pela qualidade dos seus produtos. “Nosso rebanho já possui reconhecimento pela qualidade. Com a chegada do grupo JBS nós teremos mais facilidade na comercialização da carne de qualidade, inclusive na exportação para o comércio exterior”, afirma o presidente do Sindicato Rural de Araguaína, Roberto Paulino.

O pecuarista Flávio César Vicente da Silva, da fazenda Uirapuru, em Araguaína, destaca a visibilidade que o grupo JBS dará à pecuária tocantinense. “Opção a mais para vender a carne. JBS abriu mais um mercado da carne de Araguaína para o mundo inteiro. É um investimento para o Tocantins não só em termos financeiros, mas com ganhos que vão mais além: leva o nome da nossa pecuária para todo o mundo. O mercado do boi é consolidado e uma indústria como essa vai ajudar a escoar a produção na região.”

Já para Dearley Kuhn, que atua na cria, recria e confinamento na fazenda Marajá, a concorrência ocasionada pela chegada do JBS vai melhorar o mercado. “O JBS traz significado importante para escoar a produção. Para a região quanto mais frigorifico, melhor” disse. “Terá concorrência para quem quer vender carne de melhor qualidade. Vai ter excelência na qualidade da carne. Quem vai ganhar vai ser quem investe em qualidade no produto. Aumentara o mercado e agregar valor”, disse.

O presidente da JBS Carnes, Renato Costa, destacou a qualidade do rebanho tocantinense. “Genética é boa e tem rebanho bem ranqueado”, disse. Ao ser questionado pelo Norte Agropecuário sobre o fato de 30% do gado abatido no Estado ser de fora, como revelou o Sindicato dos Frigoríficos, Costa afirmou que isso não será problema. “Vamos priorizar o gado do Tocantins, mas se precisar traremos gado de outras unidades nossas em Estados vizinhos como Goiás e Pará.É natural que a unidade tocantinense receba animais para abate”, disse.

EMPREGOS

inicialmente, são 500 empregos gerados no frigorífico, que vai abater, em média, 700 animais por dia. A notícia da instalação do frigorífico gerou expectativa para os trabalhadores da região.Um ano depois de viver na informalidade, o auxiliar de produção em abate, Valdinei Costa Ferreira, conseguiu o emprego. “Agora tenho um emprego com carteira assinada e a garantia de todos os benefícios sociais”, afirmou.

Operário da JBS em Goiânia, Joaquim Araújo Nascimento está novamente perto da família graças à inauguração da unidade em Araguaína. Ele pediu transferência e hoje está de volta ao Tocantins. “Logo que fiquei sabendo da abertura do frigorífico eu já procurei meus superiores e solicitei o deslocamento. Então participei de treinamentos lá em Goiânia e também aqui em Araguaína. Na próxima semana já começo a trabalhar”, afirma.

(Com informações de Wherbert Araújo/Secom)

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