Representantes de 38 municípios discutem direitos humanos em Araguaína

Conferência regional vai definir políticas públicas na área e tirar o Tocantins do ranking nacional de Estados que violam os direitos humanos

Araguaína está recebendo representantes de 38 municípios para discutir os direitos humanos e elaborar políticas públicas na área. Esta é a I Conferência Unificada dos Direitos Humanos Regionalizada, que ocorre no auditório do Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – Itpac. A conferência segue até o fim do dia, com aprovação da Carta Regional de Araguaína para o Estado do Tocantins e apresentação dos delegados eleitos para participarem da Estadual.

Durante a abertura da Conferência Regional de Araguaína, estiveram presentes a diretora de Direitos Humanos e presidente do Comitê Estadual de Organização da Conferência, Maria Vanir Ilídio; a secretária estadual de Defesa e Proteção Social, Gleidy Braga; o presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Jefferson Cardoso Coutinho;  a presidente do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso, Maria José Pereira de Sousa; a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Abinair Alves dos Reis Vieira; e o representante municipal dos Direitos Humanos, Manoel Barbosa da Silva. Também participou da solenidade, o secretário municipal do Trabalho e Ação Social e vice-prefeito de Araguaína, Fraudneis Fiomare, e o representante municipal do grupo LGBT, Willian Barbosa Monteiro da Costa.

A secretária estadual da Proteção e Defesa Social, Gleidy Braga, comentou sobre a importância da conferência em elaborar políticas públicas voltadas para os direitos humanos. “É uma conferência que envolve o poder público, a sociedade civil na construção de uma agenda voltada para os direitos humanos”, declarou.

Além de Araguaína, serão realizadas conferências regionais em Augustinópolis, Dianópolis, Gurupi e Palmas.

Direitos humanos

A diretora dos Direitos Humanos da Secretaria da Proteção e Defesa Social, Maria Vani Ilídio, destacou que o objetivo é fazer diretrizes para as políticas de Direitos Humanos no Estado do Tocantins e em seus municípios. “É muito importante a participação de todos os municípios tocantinenses porque a partir dela que vamos ter diretrizes para o Plano Estadual de Direitos Humanos”, afirmou.

Segundo Maria Vanir, o Estado do Tocantins tem avançado por ter um Conselho Estadual de Direitos Humanos e está começando a organização dos conselhos nos municípios. “Até agora, os únicos municípios que tem formado o Conselho Municipal de Direitos Humanos são Colinas do Tocantins e Palmas. Mas precisamos avançar mais”, completou.

De acordo com a diretora, o Tocantins está no ranking nacional em algumas violações dos direitos humanos, como é o caso da mulher que está em 11º no ranking nacional de violência contra a mulher. “Nós temos o Estado com o maior crescimento índice de violência da pessoa idosa; e em segundo lugar no índice de violência para LGBT’s. A gente tem saído na imprensa nacional como o Estado que comete grande violação dos direitos humanos”, informou.

“Por isso estamos ansiosos por realizar essas conferências para direcionar as políticas públicas na área dos direitos humanos, para diminuir e retirar o Tocantins desses ranking”, concluiu.

(Joselita Matos/Foto: Marcos Filho)

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