Tocantins é o terceiro Estado que mais cresceu no varejo, com 20% a mais no faturamento

Tocantins é o terceiro Estado que mais cresceu no varejo, com 20% a mais no faturamento

O Tocantins está entre os três estados que mais cresceram em faturamento de vendas no comércio varejista em todo o país. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste tiveram o melhor desempenho no último ano.  De acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), o varejo brasileiro cresceu em 2013, na receita nominal de vendas, 13,4% em relação ao ano de 2012. O Tocantins teve avanço de 20% no faturamento nominal das lojas. Amapá e Piauí ficaram nas primeiras posições, com 21,4% de crescimento.

O setor de supermercados foi um dos que se destacaram na expansão da receita nominal de vendas. De acordo com a sócia-proprietária de uma rede de supermercados na capital, o crescimento registrado pela empresa dela atingiu uma média de 29%. “Atribuo isso a uma melhor renda salarial e ao crescimento da população, já que estamos nas cidades que mais cresceram”, salientou Maria de Fátima de Jesus.

Outro indicador que reitera o crescimento do varejo tocantinense foi o divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou (IBGE) no início desse ano. Ente os anos de 2011 a 2013, o Estado cresceu 24,3% com relação ao volume de vendas ampliado, alcançando também terceiro melhor resultado entre as federações.

“A cidade tem crescido e quanto mais pessoas, maior a necessidade de consumo. Tem o crescimento da renda do tocantinense, a política de crédito, estabilidade, facilidade e segurança para comprar”, analisou Mayckel Sanderson, supervisor de uma loja de móveis e eletrodomésticos da Capital.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Tocantins, Paulo Massuia, a infraestrutura dos distritos industriais e os incentivos fiscais oferecidos pelo Estado têm atraído cada vez mais empresários. “Estamos trabalhado em várias rotas, no sentido de tornar o Estado num ambiente favorável ao desenvolvimento dos negócios”, afirmou o secretário.

Ainda de acordo com Massuia, o desenvolvimento do setor influencia toda a cadeia de negócios no estado. “Essas empresas tem tido uma competitividade muito grande. Se o atacadista tem competitividade ele também fornece produto mais barato aos varejistas, é uma cadeia. Ganha o Estado porque atrai empresas, ganha o atacadista porque é competitivo, ganha o varejista porque compra um produto mais barato e a população como um todo”, argumentou.

Aumento da renda

Com desenvolvimento do comércio, os índices de empregabilidade no Tocantins também apresentaram crescimento e, consequentemente, a qualidade de vida da população. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que nos últimos três anos houve uma melhoria salarial do trabalhador tocantinense. Em 2011 o salário médio de admissão no Tocantins era de R$ 775,40. Em 2012, R$ 858,71; e em 2013 ao valor de R$ 935,73, acréscimo de 20,6%

Para Marisa Sales, subsecretária do Trabalho e Ação Social, o bom resultado reflete ações governamentais, como a oferta de qualificação profissional, por exemplo. “Há um empenho em atrair investidores e investimentos, isso tem feito que haja uma maior geração de emprego e a oportunidade do trabalhador ter uma melhoria na sua renda salarial”, afirmou.

Incentivos Fiscais

São 11 modalidades que disponibilizam, entre outros benefícios, reduções tributárias e facilidades para instalação e manutenção de empreendimentos no Tocantins. A ideia é conquistar novos empreendimentos para gerar empregos e impulsionar a arrecadação de impostos.

Neste contexto, o Estado do país que reduziu em 60% o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) Diferencial de Alíquota para as empresas enquadradas no Simples Nacional.

Estudo da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) apontou que a alíquota efetiva média do Tocantins é de 6,5%, equiparada à nacional, caindo para 5,5% quando avaliadas empresas com faturamento médio anual na casa dos R$ 100 mil, uma das menores cargas tributárias do país para empresas de pequeno porte.

Para os demais incentivos existe a redução da alíquota do ICMS de 17% para taxas que variam de 1% a 2%, o que traz investimentos e geração de empregos diretos e indiretos.

Sobre o ICVA

O ICVA é um novo índice econômico de avaliação nominal de vendas, divulgado nesta semana. pela empresa de adquirência Cielo. O Índice é um indicador que avaliará mensalmente a evolução do varejo em todo o país, de acordo com a receita nominal de vendas.

(Lidiane Moreira/Foto: Luciano Ribeiro)

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